Aspectos Gerais

Goiana fica no litoral norte de Pernambuco, na microrregião da Zona da Mata Norte, próximo à divisa com o vizinho estado da Paraíba – distando 65km do Recife e 51km de João Pessoa-, cujo acesso é feito pela rodovia BR-101 Norte. Limita-se ao norte com o estado da Paraíba, ao sul com os municípios de Itaquitinga, Igarassu, Itapissuma e Itamaracá, ao leste com o Oceano Atlântico e ao oeste com as cidades de Condado e Itambé.

O município é formado por três distritos: o Distrito Sede, Tejucopapo e Ponta de Pedras. Sua população atual é de 75.644 habitantes, que ocupa uma área territorial de 501,881 km², sendo sua densidade demográfica de 150,72 hab/km².

A altitude é de aproximadamente 13,0 metros e o relevo faz parte predominantemente da unidade dos Tabuleiros Costeiros e uma pequena área do município se insere na unidade das Baixadas Costeiras, caracterizada por restingas, mangues e dunas. Goiana possui uma orla marítima com 18 km de extensão formada por seis praias: Carne de Vaca, Tabatinga, Ponta de Pedras, Catuama, Barra de Catuama e Atapuz.

O clima é do tipo Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa no outono, tendo início em fevereiro e término em outubro, com precipitação média anual de 1.634,2 mm. O município encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Goiana. Seus principais tributários são os rios Goiana, Capibaribe-Mirim, Tracunhaém, Megaó, Barra do Goiana, da Guabiraba, Itapessoca, Itapirema, Corope e Arataca e os riachos Cupissura, Milagre, da Pitanga, Farias, João Marinho, Água do Bicho, da Ponta Branca, Ibeapecu e do Boi. Os principais corpos de acumulação são os açudes Jacaré, Zombeiro, da Mata, Sta.Tereza, da Prata e a Lagoa de Catuama.

O PIB de Goiana representa o 6º maior do interior do Estado, com R$ 734 milhões de reais (R$ 9.710 per capita), destacando-se pela cultura da cana-de-açúcar, da produção de papelão e da produção de cimento. Possui uma usina, fábricas de papelão ondulado, de cimento e de ração, além de diversas outras empresas que se instalaram ou estão se instalando nos polos automotivo, farmacoquímico e vidreiro, bem como no Distrito Industrial Empresário José Albino Pimentel.

O centro comercial de Goiana é um dos mais movimentados da região, com uma grande feira livre que atualmente vivencia um caos por conta do pouco espaço reservado para os muitos feirantes e de um desordenamento generalizado. O comércio concentra hoje lojas de grandes redes de móveis e eletro, além de vestuário. Concessionárias de veículos já estão se instalando na cidade juntando-se às quatro concessionárias de motocicletas já instaladas.

O Centro Histórico de Goiana caracteriza-se pela grande quantidade de monumentos civis e religiosos, declarados Patrimônio Histórico Nacional no ano de 1938. Entre os mais visitados destacam-se as numerosas igrejas barrocas de grande valor histórico.

A rede escolar na cidade é formada por 120 escolas distribuídas no ensino pré-escolar, fundamental e médio. O município possui a Faculdade de Ciências e Tecnologia e recentemente foi implantada uma Escola Técnica Estadual. Também já foram anunciadas a implantação de uma Escola Técnica do Senai e um Centro Tecnológico de Fármacos.

Quanto à rede de saúde, ela possui 48 estabelecimentos, sendo 32 deles do Sistema Único de Saúde-SUS. Funcionam na cidade dois hospitais gerais. São eles o Hospital Regional Belarmino Correia e o Memorial Hospital de Goiana, este último privado. Diversas clínicas especializadas também formam a rede de saúde no município que, entretanto, precisa de mais investimentos na área para atender à demanda crescente, sobretudo os serviços privados de saúde, que deixam a desejar em Goiana.

Em 2011, a Companhia Pernambucana de Saneamento-Compesa anunciou investimentos da ordem de R$ 42 milhões para esgotamento sanitário e ampliação do abastecimento d’água. A cidade também foi inserida na Parceria Público-Privada (PPP) que a Compesa ora implementa para universalizar o sistema de esgotos na Região Metropolitana do Recife (RMR). Com a inclusão, Goiana irá receber outros R$ 140 milhões da PPP, que deverão ser investidos nos próximos 12 anos. Isso sem falar que hoje a Compesa está investindo R$ 27 milhões para aumentar o esgotamento da cidade (que atingia apenas 1% da população) e mais R$ 10 milhões estão sendo direcionados para o abastecimento do Pólo Farmacoquímico.

No município estão instaladas seis instituições bancárias, sendo três públicas (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste) e três privadas (Bradesco, Santander e Itaú). Na área de comunicação a cidade conta atualmente com quatro rádios: Nova FM, Goiana FM, Rede Brasil de Comunicação FM, Nova Jerusalém FM e Independência AM.

Boa parte das vias do centro urbano é pavimentada em asfalto, porém, há a necessidade de expandir a área asfaltada da cidade, que possui uma frota de 15.576 veículos, entre automóveis, caminhões, motocicletas, etc. e um trânsito bastante movimentado, que tem fluxo alavancado por veículos de outras localidades que chegam diariamente a Goiana para diversas atividades. Para estacionar no centro já se encontram dificuldades.

Por fim, o município respira desenvolvimento econômico com a chegada de grandes empreendimentos, como as fábricas da Fiat, da Hemobrás e da Companhia Brasileira de Vidros Planos, que serão âncoras, respectivamente, dos polos automotivo, farmacoquímico e vidreiro; transformando Goiana no novo complexo econômico de Pernambuco e do Nordeste. É hoje uma espécie de outra menina dos olhos de investidores de várias partes do Brasil e até do exterior.

Daí a necessidade de se preparar para os desafios que aparecem juntamente com o crescimento econômico. O que enseja em se precaver visando combater com assiduidade, eficácia e resultado diversos problemas que surgem com o desenvolvimento desenfreado, como favelização, crescimento do consumo de drogas, aumento da violência, alta incidência de gravidez na adolescência, estagnação viária, precariedade na oferta dos serviços de saúde e educação, entre outros.

E Goiana, “terra adorada, sempre amada dos filhos teus”, com sua tradição de lutas e sua pujança, seja na época das Capitanias, no tempo das adversidades do Império, nas tempestades da República – no “povoamento, na hegemonia e no declínio”-; desta vez se levanta com maior impulso vislumbrando um grande progresso. E desde já junta forças com os que hoje chegam ao seu histórico e formoso território buscando alicerçar o desenvolvimento sustentável mesclado com a justiça social.